Heidegger e a temporalidade dos modos de fundar
Resumo
Pretende-se explicitar, sob a perspectiva da analítica existencial, convenientemente descrita e explicitada por Ser e tempo (1927), o caráter temporal – brevemente aludido, porém não abordado por Heidegger no texto Da essência do fundamento (1929) – dos dois primeiros modos mediante os quais o filósofo caracteriza o processo de fundar, a saber, erigir e tomar-chão. Para tanto, parte-se do modelo interpretativo despendido pelo tratado de 1927 para caracterizar a temporalidade (Zeitlichkeit) do cuidado (Sorge). Isto se justifica em virtude do fato de os modos de fundar exprimirem a própria totalidade estrutural triplamente articulada por meio da qual a constituição ontológica do “homem” é, pelo filósofo, assinalada.
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