Corpo e feminismo: é possível ultrapassar o cientificismo patriarcal?
Resumo
A ciência pode mesmo ser encarada como um conhecimento desencarnado, universal e, portanto, indiscutível? É sobre esse cientificismo supostamente indiscutível que trata o presente artigo. Partindo das críticas feitas por Merleau-Ponty e Simone de Beauvoir ao saber científico que se pretende único meio de acesso ao mundo e às coisas, intentamos, sob um prisma fenomenológico e feminista, compreender as armadilhas presentes nessa pretensão de universalidade, ou seja, no cientificismo patriarcal. Para tanto, nos valemos das noções de corpo, presentes nos dois autores, a fim de deslindar o que chamamos de “dupla desvalorização” do corpo feminino empreendida por séculos – recorrente até os dias atuais – com o aval e embasamento principalmente do saber científico dito puro e desinteressado.
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