Para uma fenomenologia material da comunidade: apontamentos sobre a fenomenologia da vida em Michel Henry
Resumo
A presente pesquisa visa difundir a leitura que faz Michel Henry da experiência da alteridade tal como descreve Edmund Husserl na Quinta Meditação Cartesiana. Para tal, utilizamos o livro Fenomenologia Material do filósofo de Montpellier por se tratar de um contraponto direto à fenomenologia de Edmund Husserl, bem como, em seu posicionamento filosófico com respeito à experiência da alteridade. Veremos que ao pensar no como da manifestação do alter a partir da apropriação, parificação e analogia, Husserl não respondera, aos olhos de Henry, o que é o ser do ego, haja vista que a fenomenalidade de sua essência apreendida e captada dentro de um horizonte ek-stático de visibilidade é reduzida ontologicamente a uma presentificação de seu corpo físico, cuja essência, confiada à representação, espera nela ser confirmada, verificada, retificada, corrigida ou até mesmo anulada. À vista disso, Henry nos convida a repensar a ideia de comunidade a partir da Fenomenologia Material que nos proporcionará pensar uma comunidade real que, na imanência absoluta do devir fenomênico de seu ser, provam-se unidas no Fundo comum, uníssono tanto para um eu, quanto para um tu que, no excesso de si, experimentam-se a si mesmos neste Fundo real da vida em nós. Palavras-chave: Comunidade; Intencionalidade; Alteridade; Pathos-com.Downloads
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