Liberdade e revolução: a obra de arte como reinvenção da vida

Autores

  • Luciano Donizetti da Silva UFJF

Resumo

A filosofia de Sartre é filosofia da liberdade: homens e mulheres são sua escolha de ser. Amparado na ontologia fenomenológica, sua filosofia se volta para a vida, não como conceito, mas como aquilo que resulta de escolhas situadas que descrevem um projeto original de ser (ser-livre). Mas a vida não se faz só, não no caso humano: são homens e mulheres que engendram outrem, sendo — cada qual — particular-universal de sua época. Portanto, são as escolhas que definem a expressão mundano-concreta da liberdade na História; mas um senso muito comum recusa a tese da liberdade situada e inventa mecanismos (Lei dialética, Mão invisível, Humor do mercado, determinação psíquica ou social etc.) para negá-la; o embate com teorias deterministas, porém, esbarra num dilema: como fazer a revolução chegar à história, se a liberdade é uma porta que somente se abre por dentro? Esse parece ser o papel da Arte no contexto da obra de Sartre, tema desse artigo.

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Publicado

2024-12-19