Algumas questões de forma e conteúdo em O Filho Natural

Autores

  • Luciano da Silva Façanha Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Maria Constança Peres Pissarra Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/Sp
  • Igor Fernando de Jesus Nascimento Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Resumo

Ao longo desse artigo analisaremos a peça O Filho da Natural, de Diderot, buscando, na escolhas formais do autor (elaboração do incidentes, enredo, trama e discurso), uma relação com seus ideais filosóficos e a concepção inicial do Drama Burguês, traçando um paralelo entre forma e conteúdo. A fim de pôr em relevo os aspectos da forma, trabalharemos com o teatro, com o conceito de ação física de Stanislavski (1982); com estética, na organização da dinâmica do drama proposta por Étienne Souriaux, em As 200 mil Situações Dramáticas (1993); com a análise de linguística voltada para literatura elaborada por Dominique Maingueneau, Élements de la Linguistique pour le Texte Littéraire; por fim, dialogaremos com a filosofia da Ilustração, nos servindo do Discurso sobre a Poesia Dramática, do próprio Diderot e do filósofo brasileiro Franklin de Matos, em seu livro O Filósofo e o Comediante, para tratar da aproximação do poeta dramático e do homem de letras defendida pelo enciclopedista.

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Biografia do Autor

Luciano da Silva Façanha, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Bacharel em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão. Atualmente atua na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), como professor Adjunto no Departamento de Filosofia (DEFIL); Coordenador do Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade - Mestrado Interdisciplinar (PPGCult); Professor do quadro permanente do Mestrado em Cultura e Sociedade; Coordenador do DINTER em Filosofia USP/UFMA; e lider do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Jean-Jacques Rousseau UFMA (GEPI Rousseau UFMA), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase no Pensamento do Século XVIII, atuando principalmente nos temas relacionados à estética do século XVIII, História da Filosofia Moderna, Iluminismo, problemas da linguagem na filosofia, História, Política, Ética, Filosofia e Literatura, Belas-Letras e Belas-Artes. Se dedica aos estudos do filósofos Jean-Jacques Rousseau, Diderot, Voltaire e Montesquieu; à filosofia contemporânea de Friedrich Nietzsche e a teoria crítica literária de Maurice Blanchot e Roland Barthes.

Maria Constança Peres Pissarra, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/Sp

Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo, graduação em Língua Francesa - Université de Nancy I/III, mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é pesquisadora associada da Universidade de São Paulo e assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: liberdade, filosofia, natureza, ética e poder. Membro colaborador da edição do tricentenário das "Oeuvres complètes" de Jean-Jacques Rousseau, sob a direção de Jacques Berchtold, François Jacob e Yannick Séité - EDITIONS CLASSIQUES GARNIER - www.classiques-garnier.com Representante no Brasil da Société Jean-Jacques Rousseau, com sede em Genebra - www.sjjr.ch.

Igor Fernando de Jesus Nascimento, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) – Mestrado Interdisciplinar da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Graduado em Letras - Francês pela Universidade Federal do Maranhão (2011) . Tem experiência na área de Artes e Filosofia, com ênfase em Teatro.

Referências

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_________. A Arte Poética. Tradução e Notas de Célia Berrettini. São Paulo: Perspectiva, 1979.

CARLSON, Marvin. Teorias do Teatro : Estudo histórico-crítico, dos gregos à atualidade. Trad. Gilson César Cardoso Souza. São Paulo : UNESP, 1997

DIDEROT. Le fils naturels et les entretiens sur “Le Fils Naturel”. Canada : Librairie Larousse, 1975.

________ . Discurso sobre a Poesia Dramática. Tradução, apresentação e notas de Franklin de Matos. São Paulo : Editora Brasiliense, 1986.

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FERREIRA, A.B. Mini Aurélio Século XXI Escolar. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

MATOS, F. O Filósofo e o Comediante: Ensaios sobre a literatura e a filosofia da Ilustração. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.

SARRAZAC, J.-P. L’Avenir du Drame: Écritures Dramatiques Contemporaines. Laussane (Suisse) : Éditions de L’Aire, 1981.

SOURIAUX, Étienne. As Duzentas Mil Situações Dramáticas. São Paulo: Editora Ática, 1993.

STANISLAVSKI, C. La Formation de L’Acteur. Paris : Petite Bibliothéque Payol, 1982.

VINAVER, Michel. Écritures Dramatiques. Quebec : Babel, 2000.

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Publicado

2016-07-18