O princípio da filosofia grega como physis

Autores

  • Rodrigo Amorim Castelo Branco Universidade de Brasília - UnB

Resumo

A partir do prisma meditativo de Heidegger, este texto tem como perspectiva central argumentar acerca da experiência grega de physis para além de qualquer concepção subjetiva de poder. O objetivo é discutir sobre o seu modo autônomo de essenciação que não necessita de suporte humano para florescer. Physis atua a partir de seu desvelamento e assim doa ser à existência. Entre os gregos, ela é o solo originário que permite possibilidades de ser no mundo. A flor, o fruto, o rio e tudo que perdura só podem continuar a existir ou ter o seu fim porque há uma vigência que antecede toda e qualquer presença. O seu nome é ser. No primeiro princípio do pensamento Ocidental, ele é chamado pelos filósofos da natureza de physis. O pensar antigo acolhe e respeita essa força originária como essência vital que movimenta a totalidade do cosmo, mas que também permite o silêncio e o repouso. Em outros termos, os gregos originários experienciam o fundamento sem perspectiva de cálculo ou vontade de domínio.


Palavras-chave: Physis; Ousía; Ser; Natureza; Princípio.

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Biografia do Autor

Rodrigo Amorim Castelo Branco, Universidade de Brasília - UnB

Doutorando em Filosofia na Universidade de Brasília - UnB. Mestre em Filosofia pela Universidade de Brasília - UnB (2018). Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília - UCB (2011). Estuda a questão das modulações metafísicas na história da filosofia a partir da fenomenologia de Heidegger. Temas de interesse: a essência da verdade entre os gregos, predicação e cálculo na modernidade e os contramovimentos à metafísica na contemporaneidade. Na tese de doutorado (Gelassenheit: o traço essencial do pensamento heideggeriano), discute-se sobre o sentido originário de Gelassenheit. Intenciona-se demonstrar de que modo a serenidade é a disposição fundamental do pensamento de Heidegger e como ela perpassa, profundamente, as suas meditações acerca do desvelamento da verdade grega e as suas reflexões relativas ao esquecimento e ao encobrimento do ser que se dão na história do Ocidente.

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Publicado

2021-04-27

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Artigos