Conceitos fenomenais e materialismo a propósito da consciência
Resumen
Tem sido defendido entre um tipo de materialismo (classificado como materialismo do tipo B) que alguns conceitos apenas podem ser adquiridos após se passar por uma experiência fenomenal relevante. Tais conceitos fenomenais forneceriam uma resposta para os recentes argumentos dualistas e, em particular, ofereceria uma explicação para a situação de Mary apresentada no argumento do conhecimento de Frank Jackson. O objetivo deste trabalho será o de questionar a existência de tais conceitos fenomenais especiais. Os conceitos fenomenais que nós temos, isto é, os conceitos que nós mobilizamos, de fato, em nossos pensamentos sobre nossas experiências, não têm uma natureza distinta dos demais conceitos. Baseio o argumento desenvolvido no presente trabalho em recentes contribuições de Michael Tye e Derek Ball, que, por sua vez, exploram algumas considerações seminais de Tyler Burge sobre a aquisição de conceitos.
Descargas
Citas
ALTER, T. Social externalism and the knowledge argument. Mind, v. 122, n. 486, p. 481-496, 2013.
BALL, D. There are no phenomenal concepts. Mind, v. 118, p. 935‐62, 2009.
________. Knowledge, rationality, and consciousness. In: Conference on Phenomenal Concepts, 2013, Rio de Janeiro. Resumo disponível em: http://www.ifcs.ufrj.br/~cefm/conference/index_arquivos/Page470.htm
BURGE, T. (1979). Individualism and the mental. In: ____ (Org.). Foundations of Mind: Philosophical Essays, v. 2. New York: Oxford University Press, 2007, p. 100-50.
______. (1993). Concepts, Definitions and Meaning. In: ___ (Org.). Foundations of Mind: Philosophical Essays, v. 2. New York: Oxford University Press, 2007, p. 291-306.
______. (2006). Postscript to Individualism and the Mental. In: ___ (Org.). Foundations of Mind: Philosophical Essays, v. 2. New York: Oxford University Press, 2007, p. 151-81.
CHALMERS, D. J. Moving Forward on the Problem of Consciousness. Journal of Consciousness Studies, v. 4, n. 1, p. 3-46, 1997.
______. Phenomenal concepts and the explanatory gap. In: ALTER, T.; WALTER, S. (eds.) Phenomenal Concept and Phenomenal Knowledge: New Essays on Consciousness and Physicalism. New York: Oxford University Press, p. 167-94, 2006.
______. The Content of Phenomenal Concepts. In: Chalmers, D. J. The Character of Consciousness. Oxford University Press, p. 251-275, 2010.
DE SÁ PEREIRA, R. H. Phenomenal Concepts as Mental Files. Grazer Philosophische Studien, v. 88, p. 73-100, 2013.
JACKSON, F. Epiphenomenal Qualia. Philosophical Quarterly, v. 32, p. 127-36, 1982.
______. What Mary Didn’t Know. The Journal of Philosophy, v. 83, n. 5, p. 291-95, 1986.
LEVIN, J. What is a Phenomenal Concept? In: ALTER, T.; WALTER, S. (eds.) Phenomenal Concept and Phenomenal Knowledge: New Essays on Consciousness and Physicalism. New York: Oxford University Press, p. 87-110, 2006.
LOAR, B. Phenomenal States. Philosophical Perspectives, v. 4, p. 81-108, 1990.
MENDONÇA, W.; MENEZES, J. T. Experiências, Conhecimento Fenomenal e Materialismo. Principia, v. 15, n. 3, p. 415-38, 2011.
NIDA-RÜMELIN, M. Qualia: The Knowledge Argument. In: Edward N. Zalta (ed.), The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2002 Edition). Disponível em: http://plato.stanford.edu/archives/fall2002/entries/qualia-knowledge/.
PUTNAM, H. (1975). The Meaning of ‘Meaning’. In: Putnam’s Philosophical Papers, Volume 2: Mind, Language and Reality: 215-271.
STOLJAR, D. Physicalism and Phenomenal Concepts. Mind and Language, v. 20, p. 469-94, 2005.
TYE, M. Physicalism and the Appeal to Phenomenal Concepts. In: ___. Consciousness Revisited: Materialism without Phenomenal Concepts. Cambridge: MIT Press, p. 39-76, 2009.
______. A Theory of Phenomenal Concepts. Royal Institute of Philosophy Supplement, n. 53, p. 91-105, 2003.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).